Galera, fiz ontem a leitura desta edição especial e mais tarde vou escrever um pouco sobre o que achei desta obra comemorativa para compartilhar com vocês um pouco a minha decepção... Sim, decepção... e olha que é muito difícil eu me decepcionar com algum produto que saia dos estúdios Mauricio de Sousa, mas enfim, nada é cem por cento sempre.
14h. dia 11.01.2011
Conforme prometido, aqui estou eu para fazer a análise desta edição comemorativa Cebola Jovem Especial ed.1.
É inegável que os cinquenta anos da criação do Cebolinha merecia uma edição especial até mesmo com a publicação de sua versão jovem em estilo mangá (mesmo que em formato colorido, que agrada muito às crianças), no entanto, a história criada para a ocasião, O grande prêmio, a meu modo de ver, é que deixou a desejar. E começo a relatar alguns pontos dentro do enredo em si.
Primeiro... acho que a maioria dos fãs já devem estar saturados com sagas espaciais em que a turminha tem que salvar o universo ou o Planeta Terra de uma destruição maligna ou de evitar que os humanos se tornem escravos dos alienígenas.
Segundo, os lugares-comuns têm se tornado uma constante, e por conta disso, não há mais surpresas na leitura...Basta verificar o que acontece com o personagem Xaveco, que tinha tudo para ganhar a corrida disputada no vídeo-game virtual e que por um acesso de "burrice" ou "ingenuidade" acaba sendo derrotado. (característica já consagrada do personagem, aquele que só se dá mal, seja lá qual forem as circunstâncias).
Terceiro, a história se revela muito óbvia em sua narrativa... logo na primeira aparição, já dá para perceber que a personagem Alandria faz o tipo "femme fatale" de filmes "noirs" e que ela acabaria sendo desmascarada como a vilã da história. Até mesmo o seu nome aponta para esse desfecho, pois Alandria é praticamente um anagrama da palavra "malandra", e a personagem para se dar bem na corrida na qual o Cebolinha é obrigado a disputar usa de diversos artifícios para convencê-lo de que o corredor Xeno é o grande bandido da prova espacial, ou seja, uma verdadeira malandra.
Quarto... talvez por esta edição contar com apenas 90 páginas além das 120 habituais utilizadas no Turma da Mônica Jovem mangá, edições seriadas, algumas situações ficaram muito mal resolvidas, como por exemplo, o corredor Xeno ter umia fisionomia idêntica à do Xaveco. Poder-se-ia esmiúçar outros pontos que a história apresenta falhas, mas aí já seria procurar pelo em ovo...e quem gosta de ler os gibis apenas para se divertir pouco se importa com pequenas falhas narrativas, porque o que vale de fato são as boas gargalhadas.
E, mais do que qualquer falha, o que importa é terem criado essa edição comemorativa para o deleite dos amantes da turma da Mônica, e principalmente para os fãs do Cebolinha.
0:50 12.01.2011
Juliano
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